sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A ARTE MARCIAL COMO EDIFICAÇÃO INTEGRAL DO HOMEM


É preciso pensar nas artes marciais como exercício físico, como defesa pessoal, e, principalmente como ferramentas para a educação.
Quando pensamos em educação, imaginamos uma engrenagem complexa voltada para o desenvolvimento do conhecimento científico e para a edificação do ser humano como um todo (material, emocional e espiritual). Infelizmente alguns grupos superestimam o lado competitivo das artes marciais, ou unicamente a execução de técnicas espalhafatosas, deixando de lado a defesa pessoal e o código disciplinar de nobres artes seculares que em sua gênese possuía a educação como pedra angular.
Às vezes nos deparamos com cenas truculentas, promovidas por entidades nacionais e internacionais, onde homens e mulheres enfrentam-se como monstros, provocando um derramamento de sangue desnecessário, injustificável, capaz de superar qualquer filme de terror já produzido pelo cinema. Essas “competições” nos lembram aquelas carnicifinas que ocorriam na Roma antiga, onde homens e feras lutavam até a morte para o deleite de um público que delirava ao ver o sangue jorrar num “espetáculo” que deveria ser a envergonha da raça humana.
Referindo-se ao Karatê, nós defendemos a execução de ataques poderosos e bloqueios eficientes, entretanto, com absoluto controle (Sun-do-me = deter uma técnica antes de fazer contato; isto é, deter a técnica a três centímetros do alvo). Para a obtenção deste controle é necessário um alto desenvolvimento técnico e emocional, que geralmente inexiste nos participantes das carnificinas mencionadas no parágrafo anterior.

Por outro lado, para pensarmos no Karatê como exercício físico, defesa pessoal e educação, algumas perguntas surgem simultaneamente:
a) Os professores de Karatê que nós conhecemos são reconhecidos pelo Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) e pelos Conselhos Regionais de Educação Física (CREFs)?
b) Os professores de Karatê que nós conhecemos detém conhecimentos técnicos equivalentes às graduações que ostentam, ou possuem credenciais que testifiquem as funções que exercem?
c) Os professores de Karatê que nós conhecemos estão realmente comprometidos com a verdadeira educação?
Destas três indagações surgem os seguintes subitens:
1º - Para ser um professor de Karatê legalmente habilitado é necessário ter um diploma conquistado numa Escola Superior de Educação Física, ou ter seu direito profissional reconhecido pelo Tribunal Superior de Justiça (através de processo julgado e deferido por juiz competente) e pelo Conselho Regional de Educação Física;
2º - Para ter a graduação reconhecida pelas entidades que administram o Karatê no País, é necessário submeter-se a exames de graduações por entidades idôneas, que através de seus mestres analisam em detalhes os conteúdos técnicos dos examinados (mas que infelizmente, essas entidades pouco fazem para capacitar seus filiados no que se refere à qualificação profissional);
3º - Para ser realmente comprometido com a educação, é preciso que o professor seja educado dentro de alguns parâmetros tradicionais, que começam com o respeito a Deus, a valorização da humildade, da verdade e da família, que inevitavelmente convergirá para o respeito ao próximo.
Com o dinamismo da própria existência e com um universo infinito de mudanças que somos obrigados a aceitar e por isso nos atualizar, um processo constante de formação continuada se faz necessário; formação que só podemos obter pesquisando e estudando diariamente, participando de cursos, seminários e palestras.
Observação: Num dos itens do código de ética do CREF, diz que não estudar é antiética profissional. Cremos que este princípio se aplica a todos os profissionais de qualquer especialidade.
Na tentativa de ajudar os professores neste processo de formação continuada, eu elaborei alguns cursos que venho ministrando com sucesso, há alguns anos, e que são os seguintes:
1. CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS;
2. CURSO PARA A FORMAÇÃO DE INSTRUTORES DE KARATÊ;
3. GÊNESE DA TEORIA E PRÁTICA DO KARATÊ DA ESCOLA SHOTOKAN;
4. CURSO PARA A FORMAÇÃO DE FAIXAS PRETAS DE KARATÊ;
5. CURSO DE DEFESA PESSOAL;
6. PALESTRA - MORAL, ÉTICA E TREINAMENTO ESPORTIVO;
7. PALESTRA – “OS SEGREDOS” DO KARATÊ.
Observação: Estes cursos são ministrados em palestras com a duração que varia entre três e seis horas.

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