quarta-feira, 25 de agosto de 2010

EXERCÍCIOS ISOTÔNICOS E ISOMÉTRICOS


Sempre que um músculo recebe um estímulo nervoso, gera uma contração que pode ser de dois tipos: isotônica e isométrica.
Na contração isotônica, a força gerada pelo músculo é superior à proporcionada pela força de gravidade e à resistência dos segmentos esqueléticos nos músculos aos quais está unido, o que provoca a contração do músculo e sua conseqüente aproximação ao segmento esquelético que movimenta. Como tal, os exercícios isotônicos são os que produzem contrações que proporcionam os movimentos corporais, ou seja, são os realizados para movimentar o corpo.
Por outro lado, na contração isométrica, a força gerada pelo músculo é inferior à proporcionada pela gravidade e resistência dos segmentos esqueléticos aos quais se encontra unido. Nestes casos, como o músculo aumenta a sua tensão interna em vez de reduzi-la, não origina qualquer movimento. Como tal, os exercícios isométricos são os que provocam contrações que, embora aumentem a tensão muscular interna, não proporcionam os movimentos do corpo.
Apesar de os dois tipos de exercícios serem benéficos para a musculatura esquelética, os isotônicos contribuem para o desenvolvimento do volume (hipertrofia), força, potência e resistência do músculo, enquanto que o benefício dos isométricos passa pelo aumento do tônus e da força muscular.
Os exercícios isométricos são muito fáceis de realizar, pois não necessitam de qualquer material ou acessório especial, pois apenas consistem na contração de dois músculos de ação oposta ou antagônica em simultâneo, como por exemplo, ao juntar as duas mãos e tentar estender um antebraço, enquanto se tenta contrair o outro.
Os exercícios isométricos costumam ser indicados para prevenir a atrofia muscular, em caso de imobilização de um segmento corporal ou em caso de indicação de repouso absoluto. Para, além disso, são muito úteis como complemento de praticamente qualquer tipo de treino. Todavia, é preciso ter em conta que, como podem provocar uma subida transitória significativa da pressão arterial, são contra-indicados para as pessoas hipertensas.

sábado, 21 de agosto de 2010

A COMPETIÇÃO


Há quem diga que a competição é algo inerente ao ser humano. Há quem defenda a tese de que a competição é algo necessário e saudável. Há os que afirmam que ela é o combustível que alimenta a vida e dá sentido a própria existência. E há ainda os que dizem que a competição é a chave capaz de acessar a motivação que impulsiona a raça humana rumo à perfeição.
São incontáveis as frases de efeitos que foram construídas ao longo da história da humanidade, referindo-se ao universo das competições. Mas o que significa a competição na perspectiva de uma seleção que exclui? Qual a visão da competição sob a ótica daqueles que não possuem os pré-requisitos intelectuais, estéticos e anatômicos capazes de levá-los ao pódio? Como fica a cabeça daqueles que não se encaixam em nenhum parâmetro especificado pelos organizadores desses eventos nacionais e internacionais, que endeusam a força, a perícia e a beleza? Como fica a cabeça daqueles que nascem com paralisia cerebral, tetraplegia e tantas outras doenças degenerativas?

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

ALGO QUE VEM ME PREOCUPANDO

a) Todas as vezes que vou à igreja, percebo que a partir de um determinado momento as pessoas ficam inquietas e começam a olhar para o relógio repetitivamente, dando a nítida impressão de que já não suportam mais o pregador, os louvores e o culto a Deus. A coisa fica tão complicada que alguns conversam, outros ficam saindo e entrando no templo, e outros dormem tanto que chegam a babar! E pasmem, muitas vezes essas pessoas são parentes dos dirigentes ou os próprios dirigentes. Parece que essas pessoas pensam que estão acima de tudo e de todos, talvez pensem que são tão especiais que não precisam ter compromissos com Deus. Eu resumo tudo isso com uma frase: falta de respeito.

b) As poucas vezes que consigo reunir um pequeno grupo de amigos para conversarmos sobre vários temas edificantes, a história se repete: todos estão apressados, ninguém tem muito tempo para ouvir sobre assuntos sérios que falem de valores morais, de fidelidade e amor verdadeiro. Todos dizem que já está tarde, que precisam ir para casa cedo, etc. Enfim, ninguém se interessa muito por esses assuntos! Entretanto, milhares de pessoas bebem como camelos e conversam besteiras por tempo indeterminado; milhares de pessoas têm todo o tempo do mundo para falar mal dos outros, para envenenar a vida do próximo, mas pouco ou nenhum tempo para falar sobre as coisas de Deus, para falar sobre Deus... Que pena!

DEFENDER-SE OU ATACAR; EIS A QUESTÃO

Quando o Karatê se fundiu as filosofias do Budô, essa questão passou a fazer parte dos conflitos entre os praticantes e duas linhas antagônicas passaram a coexistir entre os mestres daquela época. Uns defendiam o Karatê como uma arte essencialmente pacífica, portanto seria inadmissível iniciar qualquer peleja atacando o adversário; outros pensavam no Karatê como arma de guerra (como arte marcial), portanto defendiam a tese de que o adversário deveria ser destruído com o primeiro e único golpe.

Fazendo uma viagem ao passado, podemos entender o Karatê original como um método de defesa pessoal que foi criado para enfrentar (com as mãos vazias) adversários fortes, bem treinados e, sobretudo, bem armados. Nós acreditamos que nesses casos o ataque funcionava como uma defesa que, se falhasse, não haveria oportunidade de uma segunda tentativa. Entretanto, se o confronto fosse iniciado com uma defesa, essa teria que ser absolutamente precisa e precedida de um ataque definitivo (ippon).

Mesmo havendo duas vertentes distintas, no que se refere ao início de uma peleja, ambos convergiam para um mesmo ponto: tanto as defesas quanto os ataques precisavam ser eficientes. Mas, com o passar dos anos, com a divulgação do Karatê por todos os continentes, com a proliferação de dojos (salas de aulas onde se praticam o Karatê) em todas as esquinas e competições acorrendo em todos os finais de semana, infelizmente o Karatê afastou-se demasiadamente do seu objetivo (defesa pessoal) se tornando em algo que pouco lembra aquilo que seus criadores idealizaram.

Hoje nos deparamos com uma situação de perigo igual (ou superior) aquela vivida pelos precursores do Karatê. Encontramos-nos abandonados pelos gestores da segurança pública do nosso País, e desarmados, diante de bandidos cruéis e fortemente armados! Daí a necessidade de nos preparar diariamente com técnicas eficientes de defesa pessoal, sem nos preocupar se temos de iniciar uma luta desferindo uma defesa ou um ataque.

A ARTE MARCIAL COMO EDIFICAÇÃO INTEGRAL DO HOMEM


É preciso pensar nas artes marciais como exercício físico, como defesa pessoal, e, principalmente como ferramentas para a educação.
Quando pensamos em educação, imaginamos uma engrenagem complexa voltada para o desenvolvimento do conhecimento científico e para a edificação do ser humano como um todo (material, emocional e espiritual). Infelizmente alguns grupos superestimam o lado competitivo das artes marciais, ou unicamente a execução de técnicas espalhafatosas, deixando de lado a defesa pessoal e o código disciplinar de nobres artes seculares que em sua gênese possuía a educação como pedra angular.
Às vezes nos deparamos com cenas truculentas, promovidas por entidades nacionais e internacionais, onde homens e mulheres enfrentam-se como monstros, provocando um derramamento de sangue desnecessário, injustificável, capaz de superar qualquer filme de terror já produzido pelo cinema. Essas “competições” nos lembram aquelas carnicifinas que ocorriam na Roma antiga, onde homens e feras lutavam até a morte para o deleite de um público que delirava ao ver o sangue jorrar num “espetáculo” que deveria ser a envergonha da raça humana.
Referindo-se ao Karatê, nós defendemos a execução de ataques poderosos e bloqueios eficientes, entretanto, com absoluto controle (Sun-do-me = deter uma técnica antes de fazer contato; isto é, deter a técnica a três centímetros do alvo). Para a obtenção deste controle é necessário um alto desenvolvimento técnico e emocional, que geralmente inexiste nos participantes das carnificinas mencionadas no parágrafo anterior.

Algo sobre o Manifesto em defesa das Artes Marciais

Eu acho ótimo nos reunirmos com o objetivo de nos organizar e com isso buscarmos juntos, soluções para os problemas que vivenciamos no nosso dia-a-dia, e que precisam deixar de existir para que possamos realizar o nosso trabalho com tranqüilidade e vivermos com dignidade enquanto profissionais de Artes Marciais. No documento intitulado de MANIFESTO EM DEFESA DAS ARTES MARCIAIS diz que as Confederações, Federações e Ligas são órgãos legítimos responsáveis pela fiscalização dessas modalidades de luta. Entendo que o foco principal da discussão em pauta não está unicamente direcionado aos problemas criados pelos CREFs e CONFEF através das suas exigências para o reconhecimento dos professores de Artes Marciais; contudo, acredito que a “intromissão” dessas entidades em nossa área se deu exatamente em função da desorganização e da falta de união entre nós. Dessa desorganização e desunião surgiram vários problemas, entre eles a abertura de espaços para que picaretas sem nenhuma competência profissional começassem a ensinar várias artes marciais e com isso viessem a prejudicar o público/cliente e a denegrir a imagem dos verdadeiros professores.

Eu continuo louvando a idéia de nos reunirmos para discutir as questões e buscarmos soluções para os problemas que estão diante de todos nós, mas é preciso selecionar com sabedoria as pessoas que vão compor esse grupo para não incluirmos em nosso quadro peças estragadas que estão se infiltrando e se aproveitando da oportunidade para ter sua ação marginal reconhecida. É bom lembrar que dizer o que não é e forjar documentos testificando uma função para o qual não está preparado para exercer se caracteriza como crimes de falsidade ideológica, exercício ilegal da profissão e falsificação de documentos, entre outros.

Entrando no âmago da questão em pauta, os CREFs exigem que todos os professores de Artes Marciais que não são formados em educação física parem de lecionar; e somente aqueles que já exerciam a função na época da elaboração da resolução é que podem continuar trabalhando na condição de Provisionados. Acontece que esses profissionais Provisionados, mesmo estando em dias com suas obrigações legais junto aos conselhos, são discriminados pela maioria esmagadora dos coordenadores de esportes de todas as escolas particulares, inclusive pelos governos federais e estaduais que quando abrem algumas vagas de empregos determinam que só os graduados é que podem concorrer. E o que é que nós estamos fazendo enquanto provisionados? Apenas engordando os cofres dessas instituições que nada fazem em prol dos professores de Artes Marciais e demais provisionados.

Por tudo isso sentimos a necessidade de criarmos o Sindicato dos Profissionais em Artes Marciais, para defender os direitos de uma categoria que mesmo filiados aos CREFs e CONFEF, são discriminados pelos professores de educação física. Conclusão: não há lugar algum para os profissionais de educação física provisionados, eles só são importantes para enriquecer os cofres dessas entidades.

Observação: No dia 25 de setembro de 2010, das 09:00h as 18:00h, realizaremos o I CONGRESSO DAS ARTES MARCIAIS DE PERNAMBUCO. É importantíssimo que todos os professores de Artes Marciais e alunos graduados estejam presentes. O local ainda não foi definido (aguardem).