terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Avaliação Primária

Ao chegar à cena, o socorrista deverá inicialmente verificar as condições de segurança e prevenir-se escolhendo adequadamente seus equipamentos de proteção individual (EPIs).

A avaliação primária é sempre o primeiro passo do socorrista após a verificação de segurança no local do acidente. Podemos conceituá-la como sendo um processo ordenado para identificar e corrigir de imediato, problemas que ameacem a vida em curto prazo.

O socorrista deverá posicionar-se de joelhos ao lado da vítima e executar rapidamente, geralmente em um prazo inferior a 45 segundos (10 segundos é o ideal), a avaliação para determinar as condições de saúde da vítima.

Lembre-se: O propósito da avaliação primária consiste na identificação e correção imediatas das falhas no sistema respiratório e/ou cardiovascular, que representem risco iminente de morte ao vitimado.

Observações importantes:

  1. Após ser confirmada a ausência de pulso iniciam-se imediatamente as compressões cardíacas externas;
  2. Ao efetuar a contenção de uma hemorragia, o socorrista deve sentir a pulsação da maior artéria que passa abaixo da área lesada;
  3. Nunca devemos retirar um curativo, para colocar outro, pois, estaremos desperdiçando todas as plaquetas já formadas. Devemos colocar outro por cima do existente;
  4. Nunca se deve garrotear (procedimento improvisado que só deve ocorrer em sacos de amputação ou esmagamento de membros) um membro com hemorragia. Esta atitude só vai agravar o sangramento, pois, as artérias continuarão levando sangue, que não voltará pelas veias (bloqueadas).

Essas normas gerais de atendimento são úteis, pois fornecem uma orientação ao socorrista de que sinais precisam ser identificados e tratados de modo prioritário. Esta prioridade é determinada pela gravidade, pois o objetivo inicial do atendimento é o da preservação da vida. Em síntese: A prioridade é a manutenção da vida!

Todas as precauções devem ser tomadas durante os exames e manipulação da vítima, a fim de evitar a contaminação do socorrista por agentes infecciosos, por produtos químicos (tóxicos, corrosivos, radioativos) presentes na superfície do corpo do acidentado, por seu sangue e/ou suas secreções. Devendo-se usar luvas e, dependendo da situação, máscaras e óculos de proteção, durante todo o socorro ao vitimado. O socorrista deverá ter o máximo cuidado no manuseio de materiais de corte (tesouras, bisturis, canivetes), vidros, objetos pontiagudo, etc.

O crescente número de vítimas que apresentam infecções pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), hepatite B e hepatite C, aumenta o risco do socorrista ao se expor a sangue e outras secreções orgânicas procedentes de acidentados infectados. É, pois, essencial que os socorristas considerem todas as vítimas de traumas como potencialmente infectadas e empreguem durante todo o socorro, as regras de segurança individual (precauções universais) para minimizarem os riscos de exposição.

No socorro pré-hospitalar, definimos como equipamentos de proteção individual (EPI) a todo dispositivo destinado à proteção da integridade física do socorrista, durante a realização de atividades onde possam existir riscos potenciais a sua pessoa. Os principais EPIs são as luvas de látex descartáveis, diafragmas (máscaras de resgate), os óculos e máscaras faciais de proteção e, as próprias roupas do socorrista. Além dos EPIs, o socorrista deve preparar também materiais básicos de atendimento, tais como: colar cervical, tesoura para cortar roupas e lanterna para o exame pupilar.

Quer saber mais sobre Primeiros Socorros?
Nós ministramos Cursos de Primeiros Socorros para capacitação de profissionais da indústria, comércio, esportes, educação e público em geral. Nosso objetivo é habilitar pessoas interessadas, para executarem um atendimento pré-hospitalar (APH), visando à manutenção das funções vitais da vítima até a chegada do suporte avançado.

Duração do curso:
- Oito horas divididos em dois blocos:
Primeiro bloco teoria, segundo bloco revisão e prática.
- Dez horas divididos em três blocos:
Primeiro bloco teoria (três horas e meia), segundo bloco revisão e prova (três horas e meia) e o terceiro bloco aula prática (três horas).

Faça contato conosco pelo e-mail: helio.simoes1@gmail.com
Telefone: (81) 3494.4027;
Celular: (81) 8746.3440.

ABC do Trauma (Procedimentos atualizados)

ABC do Trauma são os procedimentos protocolares criados para serem executados por profissionais da área de saúde e leigos treinados, nos casos de traumas. Esses procedimentos são conhecidos também como Primeiros Socorros e fazem parte do Suporte Básico à Vida.

Primeiros Socorros, portanto, são as medidas iniciais e imediatas dedicadas à vítima, fora do ambiente hospitalar, executadas por qualquer pessoa, treinada, que tem como objetivo garantir a vida, proporcionar bem-estar, evitando o agravamento das lesões existentes, até a chegada do Suporte Avançado.

Significado detalhado do ABC do trauma:
A = Air (vias aéreas), permeabilização das vias aéreas. Deve ser estabelecida uma via patente para assegurar a oxigenação e a troca de gases adequada. Embora muitas vítimas com trauma necessitem de intubação endotraqueal, outras formas, como as manobras de elevar o queixo ou a mandíbula, podem ser usadas para manter as vias aéreas patentes temporariamente (essas manobras devem ser executadas por socorristas treinados);
B = Breathing (boa respiração), ventilação. Uma bolsa de AMBU ou um diafragma podem ser necessários em um paciente que não esteja respirando espontaneamente após uma lesão ou que necessite de paralisia farmacológica para intubação;
C = Control (circulação), pulso – coração está batendo? Há alguma hemorragia importante? Caso haja uma hemorragia de grande proporção, ela deve ser contida e na ausência de pulso as massagens cardíacas externas devem ser iniciadas imediatamente.

Observação: Durante algum tempo, o Atendimento Pré Hospitalar em casos de traumas, foram realizados nessa ordem: ABC. Hoje a ordem é CAB, mas a orientação é que os socorristas não ajam de forma unicamente protocolar, robotizada, e sim, de acordo como se apresenta cada caso.

Por que essa mudança?
Essa mudança ocorreu porque se perdia muito tempo precioso vendo, ouvindo, sentido e tentando encontrar algo que pudesse está obstruindo a passagem de ar, quando o paciente já estava em parada cardíaca.

Vamos mostrar as diferenças principais entre os procedimentos protocolares de antes e os de hoje, em casos de traumas:

PRIMEIRO
Antes Hoje
01 – Avaliar a cena;
02 – Determinar nível de consciência;
03 – Pedir auxílio se a vítima estiver inconsciente;
04 – Abrir as vias aéreas;
05 – Verificar respiração; → se ausente –
06 – Ventilar duas vezes;
07 – Apalpar pulso; → se ausente –
08 – Iniciar compressão torácica.
01 – Avaliar a cena;
02 – Pedir auxilio se a vítima estiver inconsciente;
03 – Apalpar pulso; → se ausente –
04 – Iniciar compressão torácica até a chegada do suporte avançado, ou até que o pulso volte.

SEGUNDO
Antes Hoje
01 – A Desobstrução das vias aéreas;
02 – B Suporte respiratório e
03 – C Suporte circulatório.
01 – C Suporte circulatório;
02 – A Desobstrução das vias aéreas;
03 – B Suporte respiratório.

TERCEIRO
Antes Hoje
O reconhecimento da existência de obstrução das vias aéreas podia ser feito pela incapacidade de ouvir ou perceber qualquer fluxo de ar pela boca ou nariz da vítima e observando a retração respiratória das áreas supra claviculares, supra external e intercostal. A cor da pele azulada (cianótica) é um indicativo claro de engasgo, parada cardiorrespiratória e envenenamento.

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Duração do curso:
- Oito horas divididos em dois blocos:
Primeiro bloco teoria, segundo bloco revisão e prática.
- Dez horas divididos em três blocos:
Primeiro bloco teoria (três horas e meia), segundo bloco revisão e prova (três horas e meia) e o terceiro bloco aula prática (três horas).

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